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UM CONTO DE NATAL

Um conto de natal

UM CONTO DE NATAL

Publicado pela primeira vez em 1843, Um Conto de Natal do escritor inglês Charles Dickens é uma das obras mais emblemáticas da literatura mundial. E não tem nada de mais na história, além da simplicidade dos ensinamentos capazes de amolecer qualquer coração de pedra.

O livro Um conto de Natal conta a história do senhor Ebenezer Scrooge, um velho chato pra cacete, que não se relaciona com ninguém, nem mesmo os parentes, ranzinza, rabugento, desses capazes de cortar a bola que cai no quintal (rs), some a isso ao fato de ser mau humorado e mão de vaca, ele ainda odeia o Natal.

Já nos primeiros parágrafos, o autor dá um panorama da vida do senhor Scrooge. Após a morte do seu sócio Marley, ele assume o controle total dos negócios com rédeas sempre curtas, e se orgulha de ser assim.

“Duro como uma pedra de isqueiro, da qual jamais alguém conseguiu arrancar uma centelha de generosidade, era, além disso, taciturno, arredio, fechado em si mesmo como uma ostra. Essa frieza e insensibilidade acabaram por transparecer no rosto…” (pág.11)

O problema todo é que a rabugice de Scrooge tem reflexos em outras pessoas, e afeta diretamente a vida delas, como é o caso do funcionário Roberto Cratchit, que passa frio durante o trabalho, já que o patrão lhe nega até carvão para atiçar o fogo da lareira.

Cratchit é um homem bondoso, que precisa do serviço para sustentar a numerosa família, por isso suporta trabalho e o padrão, e até ora por ele, assim como Frederico, sobrinho de Scrooge que tenta de todas as maneiras inserir o tio no seio familiar, e fazê-lo comemorar o Natal.

Aqui o encanto que atinge a todos no Natal não tem vez. Scrooge abomina veemente a data comemorativa, a ponto de zombar do convite do sobrinho, rechaçar obras de caridade e proibir a folga do funcionário neste dia. Contudo, há explicações para esse ódio todo pelo Natal, e os responsáveis por isso são quatro fantasmas que vem dar uma lição de vida a Scrooge na véspera de Natal.

O espírito do seu sócio Marley atormentado pela ganância, sete anos após sua morte não consegue descansar em paz, o espírito dos Natais passado, dos Natais presentes e do futuro de Scrooge, são fantasmagoricamente revelados a ele por meio de lições.

São simples lições de humildade, bondade, solidariedade, amor ao próximo, caridade, benevolência, que deveriam ser rotina de todos nós, mas que em algumas pessoas, precisam ser estimuladas. Resumindo “empatia” meus amigos, já chamava atenção em 1843 e tão atual em 2019.

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