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ROMEU E JULIETA

Sheakespear

ROMEU E JULIETA

Supostamente criada entre 1593 e 1594, a clássica peça Romeu e Julieta, de Shakespeare, atravessou gerações e gerações e tornou-se uma obra-prima da literatura ocidental. A história, passada em Verona, interior da Itália, tem como protagonistas os apaixonados Romeu Montecchio e Julieta Capuleto.

Resumo

Verona é o palco do conflito histórico entre duas famílias tradicionais: os Montecchio e os Capuleto. Por um infortúnio do destino, Romeu, filho único da família Montecchio, e Julieta, filha única da família Capuleto, conhecem-se durante um baile de máscaras e apaixonam-se perdidamente.

Romeu já estava enamorado de Rosalina quando conheceu a filha da família rival. Encantado pela moça, desmanchou o compromisso que tinha com Rosalina e fez de tudo para ficar com a sua alma gêmea. Julieta também tinha planos futuros com Páris, um rapaz de nome em Verona, no entanto, abandona todos os desejos da família para seguir o seu coração.

A passagem mais lembrada da peça é aquela presente na cena II do Ato II. Romeu vai até o jardim dos Capuleto e fala com a sua amada, que se encontra na sacada:

ROMEU

– Só ri das cicatrizes quem nunca foi ferido… (Julieta aparece na sacada de uma janela) Silêncio! Que luz é aquela na janela? É o sol nascente, é Julieta que surge! Desperte, sol, e mate a lua ciumenta, que está pálida e doente de tristeza, pois vê que você é mais perfeita que ela! Deixe de servi-la, já que ela é tão invejosa! Seu manto é esverdeado e triste como a túnica dos dementes: jogue-o fora! É minha dama, é o meu amor. Se ela ao menos soubesse!… Está falando ou não? Seus olhos falam… Respondo ou não? Sou muito ousado… não é a mim que ela fala. Duas estrelas devem ter emprestado o brilho a seu olhar. E se fosse o contrário? Seus olhos no céu, e o astros seriam apagados, como o dia faz com a luz das velas. E tanta claridade se espalharia no céu, que os pássaros cantariam, pensando que era dia com luar. Como ela apóia seu rosto na mão! Como eu queria ser uma luva em sua mão, para poder tocar aquela face!

JULIETA

– Ai de mim!

ROMEU

– Ela está falando!… Fale de novo, anjo brilhante, anjo glorioso no alto desta noite, que faz os mortais arregalarem os olhos e torcerem o pescoço para vê-lo, quando cavalga as nuvens preguiçosas e veleja pelo ar sereno.

JULIETA

– Romeu! Romeu! Por que você é Romeu? Negue seu pai, renuncie a seu nome. Ou, se não quiser, basta me jurar amor, e deixarei de ser uma Capuleto.

Juntos, Romeu e Julieta vivem um amor proibido e idealizado, condenado pela família de ambos. Casam-se as escondidas, a celebração é realizada pelo Frei Lourenço, um confidente de Romeu.

Por uma briga que acaba gerando a morte de Teobaldo (primo de Julieta) e Mercúrio (amigo de Romeu), o príncipe de Verona resolve exilar Romeu. Desesperada com a partida do amado, Julieta pede auxílio ao frade franciscano que realizou o casamento.

A ideia do frade é que Julieta tome uma poção que faça com que ela pareça morta. Romeu, ao receber a notícia da suposta morte da mulher, entra em desespero e compra uma substância para provocar a própria morte.

Ao encontrar Julieta desacordada na cripta dos Capuleto, crê na morte da amada e toma o veneno que havia trazido. Julieta, ao acordar, descobre que o amado está morto e, com um punhal, também dá cabo da própria vida.

A história de amor é trágica, o único consolo que resta ao leitor é saber que, após as catastróficas mortes dos protagonistas, as famílias Montecchio e Capuleto decidem fazer um acordo de paz.

Texto: Rebeca Fuks (Doutora em Estudos da Cultura)

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