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PREVISÕES OTIMISTAS PARA O SETOR SIDERÚRGICO

SETOR SIDERÚRGICO

PREVISÕES OTIMISTAS PARA O SETOR SIDERÚRGICO

A temporada de resultados do terceiro trimestre só vai ganhar tração a partir da semana que vem. Mas, já nesta quinta-feira (15), a CSN (CSNA3) inaugurará a temporada, trazendo sinais bastante importantes também sobre o que esperar para o setor siderúrgico em geral. E as projeções são otimistas.

Na avaliação do Credit Suisse, com a economia global se recuperando do choque inicial provocado pelo Covid-19, a rapidez da recuperação do setor de materiais básicos da América Latina – que inclui mineradoras, siderúrgicas e papel e celulose – tem surpreendido positivamente e batido a maioria das expectativas do mercado.

Nesse sentido, os analistas veem o segmento de aço entregando o crescimento de lucros mais significativo da cobertura do banco, impulsionado por uma recuperação forte na demanda doméstica e aumento de preço. Além disso, as companhias expostas ao minério de ferro também devem sair ganhando, avaliando também que o cobre deve se beneficiar de um preço mais alto da commodity, já que a atividade econômica na China vem ganhando força nos últimos meses.

Para o banco suíço, a CSN deve entregar o melhor resultado entre as empresas do setor frente a alta no preço de minério de ferro no trimestre junto com embarques mais fortes da commodity e do aço, além de também se beneficiar das cotações mais altas do aço no mercado doméstico.

O Itaú BBA também espera fortes resultados para a companhia, destacando os preços do minério, enquanto as cotações do aço devem melhorar ainda mais nos últimos três meses do ano.

Para os analistas, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) recorrente deve ter atingido a cifra de R$ 3,2 bilhões no terceiro trimestre na comparação trimestral.

“No negócio de mineração, esperamos volumes de vendas sequencialmente mais fortes (9,5 milhões de toneladas, 1,8 milhão de toneladas acima na comparação com o segundo trimestre), ajudados por uma sazonalidade mais favorável e saindo de um desempenho bastante fraco no trimestre anterior. Os preços realizados de minério de ferro devem melhorar 22% no trimestre”, aponta o BB.

Por outro lado, a expectativa é de que o custo caixa por tonelada aumente 3% no trimestre, principalmente devido aos maiores custos de frete marítimo. Somando tudo, o Ebitda desta divisão deve atingir R$ 2,410 bilhões (alta de 70% na base trimestral).

Já na divisão siderúrgica, a estimativa é de aumento de 34% no trimestre nos embarques na área doméstica, após normalização da atividade industrial no país. Também é esperado que os preços do aço doméstico aumentem 7% sequencialmente, após rodadas bem-sucedidas de aumentos de preços durante o trimestre, enquanto as exportações devem aumentar 10% na base de comparação anual, dada a demanda resiliente por produtos revestidos.

“Espera-se que os custos de caixa da produção de aço diminuam 1% no trimestre, beneficiando-se da maior diluição de custo fixo e do aumento da eficiência do alto-forno de número 3. O Ebitda do aço deve chegar a R$ 600 milhões, acima dos R$ 325 milhões registrados no segundo trimestre”, aponta o BBA.

O Safra estima um avanço trimestral de 27% para a receita líquida, enquanto projeta alta do Ebitda ajustado em 55% e totalizando R$ 3 bilhões, enquanto o lucro líquido deverá sair de R$ 446 milhões no segundo trimestre do ano para R$ 1,5 bilhão entre julho e setembro.

De acordo com compilação feita pela Refinitiv, a CSN conta com 4 recomendações de compra para suas ações, 6 de manutenção e 2 de venda. Cabe lembrar que, no fim de setembro, o Credit elevou a recomendação para os ativos da CSN para equivalente à compra, com preço-alvo de R$ 19 – alta de 3,26% em relação ao fechamento da véspera. Em outubro, os papéis CSNA3 já subiram 16%.

Na mesma linha, o Safra tem recomendação outperform para o papel, com preço-alvo de R$ 18,30, enquanto o á o Itaú BBA tem recomendação underperform (desempenho abaixo da média) para os ativos, com preço-alvo para 2021 de R$ 18.

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