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BREVE LEMBRANÇA DA CHANCHADA

Grande Otelo

BREVE LEMBRANÇA DA CHANCHADA

Semanalmente, sempre às quartas-feiras, participo de um encontro virtual, entre diversos que se formaram durante este período de isolamento, com temas específicos sobre cinema. O mais recente tratou de um gênero conhecido como “Chanchada”.

De acordo com Paulo Emílio Sales Gomes em “70 anos do Cinema Brasileiro” (1966), o gênero é consolidado particularmente com a associação da companhia Atlântida à poderosa cadeia de exibição de Luiz Severiano Ribeiro. Este encontro refere-se a união entre as produções e o comércio exibidor que culminou, como resultado mais evidente, na solidificação de praticamente um único gênero cinematográfico e sua proliferação durante mais de 15 anos: a chanchada.

Procedente do Teatro de Revista, a chanchada evidenciou a popularidade de muitos artistas. Mesquitinha, Oscarito, Grande Otelo, Ankito, Zé Trindade, Dercy Gonçalves, Eliana Macedo, Adelaide Chiozzo e José Lewgoy são alguns dos personagens que predominaram durante o fenômeno eminentemente popular deste período.

Dos filmes, uns tantos se perderam no incêndio, outros, no entanto, podem ser vistos hoje no canal do youtube: “Carnaval no Fogo” (1949), “Aviso aos Navegantes” (1950), ambos de Watson Macedo; “Carnaval Atlântida” (1952) de José Carlos Burle e, de direção de Carlos Manga: “A Dupla do Barulho (1953), “Nem Sansão Nem Dalila” (1954) e “O Homem do Sputnik” (1959).

No início dos anos 60, a companhia Atlântida é encerrada, associando-se a outras companhias nacionais estrangeiras. As chanchadas são então, de certa maneira, incorporadas no gênero comédia em alguns programas humorísticos da TV.

Texto: Renata Saraceni (Cineasta e Produtora)

Renata Saraceni

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