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CPC – UMES – OS DEUSES MALDITOS

Cinema russo

CPC – UMES – OS DEUSES MALDITOS

“Os Deuses Malditos” é o primeiro filme da trilogia alemã de Visconti, que também contém “Morte em Veneza” e “Ludwig”. Assinam o roteiro Nicola Badalucco e Enrico Medioli, além do próprio diretor. Assim como fizemos com outros filmes de Luchino Visconti, optamos por exibi-lo em seu idioma original, inglês, e não nos idiomas para os quais foi posteriormente dublado. Com Dirk Bogarde, Ingrid Thulin, Helmut Griem, Helmut Berger, Charlotte Rampling e Florinda Bolkan. Música de Maurice Jarre.

Incêndio no Reichstag

O filme começa em 27 de fevereiro de 1933. A cena icônica de Helmut Berger fingindo ser Marlene Dietrich com intenção de causar choque a seus familiares é interrompida pela notícia do incêndio no Reichstag, o parlamento alemão. O fogo destruiu o edifício em Berlim e é considerado um momento crucial da tomada de poder por Adolf Hitler, recém-nomeado chanceler do Reich.

Os comunistas foram responsabilizados pelo incêndio e o partido nazista utilizou o episódio como justificativa para aprovar um decreto de emergência e reprimir duramente os seus opositores. O Decreto do Presidente do Reich para a proteção do povo e do Estado eliminava a liberdade de expressão, de opinião, de reunião e de imprensa. O sigilo do correio também era abolido.

Além disso, o governo em Berlim ganhava poderes para intervir nos estados. “Antes que as chamas do Reichstag estejam extintas, os homens da velha Alemanha estarão, nesta noite, reduzidos a cinzas”, diz o oficial da SS Aschenbach, à mesa de jantar dos Von Essenbeck, simbolizando a “nova Alemanha” que nasce à partir daquela noite.

A Noite dos Longos Punhais

Outro momento histórico relatado pelo filme é o da “Noite dos Longos Punhais”, que aconteceu em 1934. O principal objetivo era enfraquecer o poder da Sturmabteilung, organização paramilitar nazista conhecida como SA, que teve muita importância durante o período de ascensão nazista ao poder, e principalmente seu líder Ernst Röhm.

Usando diversas forças repressivas do regime, como a SS, a Gestapo e a polícia secreta de Göring, uma série de ações extrajudiciais foram decretadas e executadas, mirando principalmente aqueles que não apoiavam o regime nazista, ou aqueles de dentro do partido considerados uma ameaça à consolidação do poder de Hitler após chegar ao cargo de chanceler alemão, em 1933.

O expurgo durou do dia 30 de junho até o dia 1 de julho e estima-se que ocorreram pelo menos 85 execuções e 1.000 prisões decorrentes da sanha hitlerista pelo poder, e consolidou ainda mais o poder de Hitler, além de ter ocorrido uma maior aproximação entre o Partido Nazista e os militares alemães, ao ponto de ambos passarem a ser confundidos, e uma eliminação quase total da oposição ao nazismo.

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