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Bitcoin, ouro e imóveis são a saída para fugir do colapso econômico

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Bitcoin, ouro e imóveis são a saída para fugir do colapso econômico

O que um dos maiores especialistas em inovação do mundo diria sobre a pandemia até aqui? Que os negócios digitais avançaram dez anos no tempo e os analógicos voltaram dez.

Que os estímulos dos governos encharcaram o mercado de dinheiro, formando uma bolha, que está prestes a estourar. E que, de um ponto de vista filosófico, tudo isso é o mundo dizendo para a humanidade: vá devagar.

Com tudo mudando tão rápido, muitos preferem não arriscar opiniões. Não é o caso de Salim Ismail, autor das reflexões acima e conceituado guru de negócios, que já foi consultado até pelo papa Francisco.

Ismail também diz com convicção: bitcoin, ouro e imóveis são a saída para fugir do colapso econômico que está por vir; e a vacina contra o coronavírus só começará a ser distribuída daqui a um ano, no mínimo, o resto é conversa dos políticos.

Antecipar movimentos é uma especialidade do indiano, criado no Canadá, e um dos fundadores da Singularity University, a menina dos olhos dos empresários do Vale do Silício.

Muito antes de a pandemia provar que tudo pode mudar de uma hora para outra, a universidade já investigava singularidades mundo afora, o que Ismail define como “buracos negros” ou eventos capazes de mudar para sempre tendências e comportamentos, separando o velho do novo.

Mas, desta vez é melhor que Ismail não esteja certo sobre suas previsões. Ele diz que, com os governos imprimindo moeda sem parar desde a crise 2008, podemos ter outro colapso na economia global, desta vez não pela escassez de dinheiro, mas pelo excesso.

“Quando você precisa de mais dólares para comprar algo, pensamos que o mercado está subindo, mas na verdade estamos deflacionando a moeda e, em algum ponto, a coisa toda desmorona. A pandemia pode ser essa coisa que colapsa a economia global”, afirma o fundador da Singularity.

O autor do best-seller Organizações Exponenciais participa do 7º Fórum de Liberdade e Democracia, promovido pelo Instituto de Formação de Líderes de São Paulo, que acontece hoje e nos 2 e 3 de setembro (saiba mais).

De sua casa em Toronto, no Canadá, Ismail conversou com o InfoMoney e antecipou alguns dos assuntos que serão abordados no evento. Confira a seguir os principais trechos da entrevista.

Qual é a sua visão sobre a pandemia até agora e quais foram as principais rupturas que ela provocou no mundo?

Eu sou um dos fundadores da Singularity University e nós estudamos singularidades, que são como buracos negros. A definição é que todos os modelos usados para prever o futuro se quebram após certos eventos. O coronavírus e a pandemia são uma singularidade.

Todo modelo que temos para tentar prever como o mundo estará no futuro está, essencialmente, errado. Depois de criarmos nossos próprios modelos, o que estamos vendo é que, na pandemia, o ambiente digital acelerou dez anos e os negócios analógicos, antigos, retrocederam dez anos. Tivemos que aprender como trabalhar remotamente, estudar remotamente, viver remotamente.

Mas, ao mesmo tempo, estamos comprando mais ovos e comida de comércios locais. É por isso que estamos vendo esta confluência muito estranha entre digitalização e coisas locais incríveis acontecendo.

Sobre a vacina, você tem um palpite sobre quando teremos uma solução para a pandemia?

Nós pesquisamos bastante sobre isso e a minha opinião é que estamos a um ou dois anos de uma vacina, no mínimo, e você não quer ser a primeira pessoa a tomar a vacina, porque eles estarão testando. Vai demorar um ano ou mais para descobrir se eles estão corretos.

O problema mais difícil será como produzir bilhões de doses para o mundo todo. O problema mais fácil é resolver o curto prazo, é fazer testes rápidos, em massa, quase em tempo real. Isso nos permitirá manter a segurança enquanto descobrimos como lidar com a vacina.

O presidente Donald Trump diz que podemos ter uma vacina antes das eleições americanas, neste ano. No Brasil, o governador de São Paulo já disse que podemos ter 45 milhões de doses distribuídas em dezembro.

Demora cerca de um ano para testar uma vacina totalmente, então adicione um ano a qualquer coisa que os políticos disserem. Eles não são as pessoas mais honestas que você já conheceu. Ele [Trump] tem muitas vantagens ao dizer isso.

A realidade é que vai demorar pelo menos um ano, porque mesmo que a vacina esteja disponível amanhã, e seja a vacina mais perfeita, ainda será necessário fabricar oito bilhões de doses dela.

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