Fumantes de cigarros desistiram desde o início do bloqueio

Aparentemente, um milhão de fumantes de cigarros desistiram desde o início do bloqueio. É como um massacre. (OK, indiscutivelmente, o massacre é o que teria acontecido se eles não tivessem desistido.) Eu nem sabia que havia tantos fumantes sobrando.

Os mais jovens tinham maior probabilidade de desistir – cerca de um em cada seis dos jovens de 16 a 29 anos, o que se soma à cativante hipótese de que muitos deles voltaram temporariamente para a casa dos pais, que não tinham a menor ideia sobre seu hábito.

De qualquer forma, se eu soubesse disso, nunca teria desistido de vaporizar. Eu odeio me sentir um clichê. Eu odeio tanto que essa pode ser a desculpa de que preciso para pegar novamente, exceto que é assim que tudo parece. Se eu vir um único corvo passando voando, imagino que coisa triste pode acontecer que justifique minha fumaça novamente.

Se vejo uma senhora idosa fumando cigarro na porta de um restaurante, penso: “Devia tomar um vaporizador e ir com ela, num gesto de irmandade. Caso contrário, ela pode se sentir julgada. ” A patética inventividade do meu vício está ocupando tanto meu cérebro que fico surpreso quando outras coisas funcionam, como que ainda sou capaz de ler. Eu realmente amo nicotina, e amo desde os 14 anos, o que é muito, muito tempo.

Minha jornada para fumar é como a de qualquer pessoa, só que ainda mais: clichê. O primeiro cigarro que experimentei era nojento, e sempre atribuí isso ao fato de ser um Silk Cut, porque todos os subsequentes a ele eram incrivelmente deliciosos.

Houve anos em minha vida em que a única maneira de eu ter fumado mais seria dormindo menos. O conto da minha desistência foi a homilia de Samuel Beckett bem extensa: já tentou? Já falhou? Não importa. Tente de novo falhe de novo, falhe melhor.