Por que a rede social Clubhouse atrai tanto?
E a novidade na disseminação de conteúdo das últimas semanas é o Clubhouse.
Criada na pandemia, em Abril de 2020, pelos ex-funcionários do Google, Paul Davison e Rohan Seth, a rede social já tem quase um ano, mas virou febre nas últimas oito semanas.
Segundo os fundadores, “o norte foi criar algo onde você pudesse fechar o aplicativo no final da sessão se sentindo melhor do que quando o abriu, porque você aprofundou amizades, conheceu novas pessoas e aprendeu”.
Trabalhando com o gatilho da escassez, e acelerando o já tão conhecido FOMO (Fear Of Missing Out/ medo de ficar de fora) nessa versão inicial somente usuários do Iphone com convite de um membro tem acesso à rede.
Os usuários do sistema androide terão que esperar mais tempo para acessar o Clubhouse.
A forte tecnologia Streaming, com DNA de empreendedores chineses, dá o suporte para as inúmeras salas de conversas por áudio com possibilidades de interações; e diferente de outras redes o conteúdo não fica gravado.
Com quase 7 milhões de usuários em onze meses de existência, e avaliada em US$ 1 bilhão antes mesmo de começar a monetizar a rede é um sucesso nessa primeira fase, o twitter, por exemplo, levou 24 meses para ter 1 milhão de usuários.
Entre os investidores, estão as empresas Andreessen Horowitz e Kortschak Investments, companhias de venture capital e Tim Kendall, CEO da Moment Health, empresa de saúde com foco em bem-estar.
Além de instigados pela novidade, os usuários têm sido muito atraídos pela qualidade do conteúdo disponibilizado e pela facilidade na criação desse conteúdo, que dispensou a câmera e o cenário e ficou somente com o microfone do celular.
A forma desconstruída, onde grandes especialistas e celebridades falam e compartilham sem roteiro e de uma maneira aparentemente intimista proporciona aquela tão desejada sensação de fazer parte e ser especial. Sinal das nossas emoções primárias dominando nosso comportamento, escolhas, produtos e serviços adquiridos.
Em um mundo cada vez mais barulhento e com conteúdo sendo espalhado e gritado com muito pouco discernimento aos quatro cantos do planeta, sempre existirá espaço para conteúdo com qualidade e interações reais.
Já vemos no Clubhouse salas com debates sem direcionamento, longos demais e com falta de foco. Por outro lado, vemos debates riquíssimos e assuntos muito bem fundamentados por especialistas e estudiosos das mais diversas áreas.
Claramente, ninguém sabe se será uma febre momentânea ou se tornará uma rede forte, geradora de negócios. O mercado ainda discute as formas de monetizá-la e as diversas possibilidades de uso. Pode ser um espaço e tanto para eventos, workshops e conferências.
O maior desafio da plataforma será manter a qualidade no conteúdo sem cair na mesmice dos papos sem fim e dos debates sem objetivo e ao mesmo tempo ter uma abordagem realista e descontraída que agregue conhecimento.
Texto: Márcia Coimbra
Especialista em Comunicação , Marketing , Comportamento do Consumidor, Pesquisa e desenvolvimento de conteúdo.
Imagem: Gettyimages
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