É a indicação que veio do governo britânico no dia em que foi acionada a “regra dos 6”, ou seja, a proibição de se reunir, mesmo em casa e entre familiares, em grupos de mais de seis pessoas.
Aqueles que violarem a cláusula correm o risco de multas que começam em 100 libras e podem ir até 3.200: e agora há um incentivo para espionar o jardim dos vizinhos para relatar qualquer churrasco não autorizado às autoridades.
A regra de seis foi introduzida por Boris Johnson diante de um crescimento exponencial das infecções por coronavírus: 3.300 novos casos foram registrados ontem, mais de 3.000 pelo terceiro dia consecutivo. Bloqueios localizados já haviam sido usados em várias cidades, mas agora o governo foi forçado a impor uma medida nacional em face do medo de uma segunda onda de Covid.
A população, é claro, não está nada feliz. Almoços com tios e avós não são mais possíveis e o temor é que, se a regra dos seis continuar em vigor até o Natal, os ingleses tenham que se despedir da mesa tradicional diante do peru fumegante: um choque cultural.
Até mesmo os jornais próximos ao governo estão reclamando de uma legislação que é vista como prejudicial à liberdade pessoal (as únicas exceções à regra dos seis são escolas, escritórios, casamentos e funerais). Mas politicamente, o líder do Partido Trabalhista de oposição, Keir Starmer, também deu seu apoio.
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