Com o fim da Guerra Fria e a destruição da utopia socialista, a crítica ao capitalismo passou a tomar dois rumos principais: o primeiro, que atacava não mais sistema em si, porém sua face mais evidente, a globalização; o segundo, mais pragmático e pontual, centrado na questão ambiental, denunciando extinções, desmatamentos e poluições, e afinal ganhando densidade na questão do aquecimento global. O que fazer, afinal, se o sistema alternativo morreu, e o que sobreviveu parece levar irresponsavelmente para a catástrofe?
Recomeçar do começo: pelo diagnóstico. Pois sem ele, nenhuma ação efetiva pode ser sequer esboçada. Eis o objetivo do respeitado jornalista francês (Le Monde) Hervé Kempf em Como os ricos destroem o planeta, lançado agora no Brasil após uma consagradora carreira internacional, em tradução de Bernardo Ajzenberg.
Feita a denúncia, é preciso porém demonstrá-la. Como os ricos destroem o planeta? Eis o livro de Kempf. Sua hipótese de partida pode ser expressa em poucas palavras: a crise ambiental é mais grave e portanto mais urgente do que se costuma reconhecer; ela não pode ser compreendida e muito menos resolvida, sem levar em conta sua causa real: o consumismo como ideologia, e a oligarquia mundial que o impõe, defende e sustenta.
Kempf, portanto, articula de forma direta e sintética a questão ambiental à questão sociopolíticoeconômica, apontando para a saída do impasse tanto do ambientalismo como do altermundialismo. Para o autor, sem a crítica social, o ambientalismo é manco; sem a urgência ambiental, o altermundialismo é cego.
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