Seis meses se passaram desde que o Banco Central anunciou a criação do PIX, sistema de pagamentos instantâneos pela internet. No dia 12 agosto a regulamentação do serviço foi oficialmente aprovada, e seu lançamento ficou marcado para 16 de novembro. O cadastro para utilização do sistema começa em 5 de outubro.
A transferência de dinheiro por meio de TEDs e DOCs é simples, mas apresenta limitações incômodas relacionadas a tempo, taxas e horário.
O PIX promete revolucionar a maneira como os brasileiros enviam e recebem dinheiro. Com ele, as transações serão efetuadas em até dez segundos, e poderão ser realizadas a qualquer dia ou horário, incluindo feriados. O custo é praticamente nulo: será cobrado R$ 0,01 a cada 10 transações.
Os pagamentos também mudam. O PIX permitirá a leitura de códigos de barra e QR Codes com compensação instantânea, acabando com a espera de até dois dias úteis para o processamento de boletos.
A partir de 5 de outubro, todos os bancos e fintechs com mais de 500 mil clientes deverão oferecer a criação de chaves PIX. Por meio delas, os clientes poderão associar suas contas bancárias a um endereço de e-mail, número de telefone ou CPF/CNPJ.
Em novembro, os clientes cadastrados passam a ter o PIX como alternativa para a realização de transações. Estas poderão acontecer entre duas pessoas físicas; entre uma pessoa física e uma jurídica; entre duas pessoas jurídicas; ou direcionadas a entidades governamentais, para pagamento de impostos.
As compras em estabelecimentos que aceitem o PIX poderão ser pagas por meio de QR Codes. Por isso, o novo sistema tem potencial para substituir não apenas TEDs e DOCs, mas também o cartão de débito e até mesmo o dinheiro em espécie.
Afinal, o único impedimento para que isso ocorra hoje é a demora na compensação de pagamentos, problema que será solucionado pelo PIX.
De acordo com o Banco Central, o PIX “trará mais competitividade e eficiência para o mercado de pagamentos, e com ele surgirão muitas oportunidades”.
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